Led Zeppelin sem Plant?

Sim, eu sei que o assunto é velho, mas hoje, enquanto corria ouvindo música, não pude deixar de pensar nele.

Quando foi anunciado que não haverá mais turnê com Steven Tyler, Plant ou sei-lá-quem nos vocais, apesar dos muitos defensores da ideia, senti alívio. Não por Plant ser um cantor insubstituível, já que ele não é.

Se pensarmos em capacidade técnica, ninguém seria melhor do que o norueguês Jørn Lande. Não digo isso pelo cover de Black Dog, no primeiro single do Masterplan, que serviu a um estilo mais próprio à banda, mas pela sua voz potente, versátil e melódica; uma evolução do estilo Coverdale de cantar; assim como o estilo Coverdale o é do de Plant. No entanto, seu nome não tem o peso histórico do Led Zeppelin, coisa que Jason Boham só tem por herança. Sobra-nos então o próprio David Coverdale. Li em algum lugar sobre como Plant o considerava um plagiador, o que já serve de primeira prova a respeito da capacidade e semelhança de estilos. A segunda é o álbum Coverdale & Page, que eu ouvia durante minha corrida. Discordo das críticas mornas de quando foi lançado: adoro esse disco! Dá uma curiosidade imensa de ouvir músicas do Led Zeppelin ali no meio, com aquela voz.

Senti alívio porque uma banda cujo motivo para encerramento foi a ausência de um membro não tem porque voltar sem outro. Sim, sei que o “não posso” de Bonzo é bem diferente do “não quero” de Plant. Só que, excetuando-se Jason, os outros membros não precisam de uma volta da banda. Voltariam pela diversão de tocar juntos, ainda que sem todos os membros? Não precisam se chamar de Led Zeppelin para isso. Voltariam por dinheiro? Ah, sem essa! Eles não precisam tanto assim de uma turnê do Led Zeppelin.

No meio de todas essas minhas divagações, só tenho certeza de uma coisa: eu preciso de uma turnê do Led Zeppelin! Mas que fosse o mais completo possível.

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