Six feet under

Ontem, terminamos de assistir à Six feet under. Choramos muito. Muito mesmo. Nós abraçamos, choramos, levantamos, fomos ao banheiro e deitamos. O tempo passava e meus pensamentos corriam absurdos. Não consigo até agora contar que ideia me fez chorar tanto. Só passei a noite pensando. Ouvindo as molas do colchão e pensando. Me virando e pensando. A Prik dormindo e me abraçando só percebeu que não dormi de manhã, quando eu não aguentava mais de dor-de-cabeça e sono. Tanto sono e eu não podia dormir: minha mente não parava. Eu pensava e ouvia o tique-taque do despertador. Os amigos que tenho medo de enterrar e o tal pensamento que não consigo contar. E vi as horas virarem duas, três da manhã. Acho que devo ter dormido das cinco às oito.

Não contarei o final. Nada de spoilers aqui. Se você gosta de drama, assista. Já me pediram as caixas emprestadas. Mais gente para chorar, como aconteceu conosco e com o amigo que terminou minhas caixas antes mesmo de nós.

Histórias são feitas de bons pretextos. Não me lembro de nada ter usado a morte como pretexto para definir tão bem a vida. E ainda há tanto para definir…

Minha cabeça está doendo. Muito trabalho para fazer, mas não consigo: cansaço demais.

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